sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O devorador do parque. - parte Final.

        Aquelas malditas aves devorando a carne naquele porão tomou Leonardo de náuseas e nojo. Vomitou. Depois se recompôs movido pelo ódio da morte de seus amigos. Olhou ao redor e classicamente viu uma barra de ferro sólida a tomou em mãos e entrou pelo porão, matando algumas aves, expulsando outras. Viu o corpo devorado no chão onde as entranhas já não existiam mais, comidas pelas aves talvez ou talvez  pelo monstro. E, numa dor terrível reconheceu a tatuagem na perna ainda intacta do rosto de uma namorada de Marcos.- a única parte do corpo que Marcos teve coragem de fazer uma tatoo e a única parte do corpo que as aves e o monstro ainda não devorara. Sentiu vontade de chorar a morte do amigo, mas o seu ódio foi maior. Tomou a barra de ferro  e seguiu por uma porta aberta de onde certamente  o monstro trouxe o seu amigo e jogaria ali para ser devorado o que sobrou, por aquela malditas aves.
E assim que Leonardo deixou o porão  as aves voltaram devorando o restante daquele corpo, sabiam que teriam mais corpo para alimentarem-se.
Depois da porta um corredor escuro e umido levava o cheiro da carne podre. Leonardo com cuidado foi caminhado sobre ele. Uma terrível música foi aparecendo invadindo os ouvidos de Leonardo.
- Que merda, não é possível essa música!
Fuscão preto. Um velho clássico da musica brega, que Leonardo se lembrou tocava naquele mesmo parque quando ele ainda criança presenciou o tulmuto de um corpo encontrado num daqueles brinquedos. A música foi ficando mais densa, mais próxima  vindo de uma sala  iluminada por uma lâmpada quente. E ali  Leonardo viu o monstro deitado numa maca como que roncando de uma noite onde comeu a vontade a carne de seus amigos.
Com cuidado, deu um passo e viu Evelin e Mia  penduradas em ganchos de  frigoríficos que sustentam os bois mortos. Estavam mortas e seriam comidas assim que o monstro sentisse a fome novamente. Leonardo, fechou os olhos e correu para cima do monstro deitado na maca. Estocou a barra de ferro com ira, ódio e força , duas , três, quatro vezes no coração do monstro, acordando temporariamente o monstro, matando-o sem chance de defesa. Ainda com sangue na barra de ferro, bateu com força no rosto, na cabeça do monstro deformando-a de vez. Se um dia aquele maldito foi homem ou monstro, agora não se podia mais saber.
Exausto, Leonardo desmaiou em companhias dos corpos de seus amigos do monstro das malditas aves e de quantos mais foram devorados ali.
Um dia depois acordou com o cheiro forte das carnes podres de suas amigas e do monstro invadindo o seu ofato, aguçando o seu paladar. Ainda ouvindo a maldita musica e com um fome que não era sua.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O devorador do parque.- parte - VI

Leonardo, olhou para o parque com medo de algum ataque daquela criatura. Ouviu um estalo de algo  no silêncio daquelas coisas paradas e correu, correu para a montanha russa e escalou sob os trilhos. Bufou de cansaço e sentou-se no pico mais alto. Sentiu-se seguro ali porque pode ver todo o parque e se algo se movesse, estaria na mira de seus olhos.  O medo começou a seder lugar para o ódio. O ódio mortal daquela maldita criatura que matou os seus melhores amigos e também poderia incrimina-lo de ter matado os amigos. Não,  ninguém acreditaria na existência daquela criatura. Teria que pegar aquela criatura, matar a maldita. E então poderia ir embora do parque e destruir aquele inferno de matança. Olhou para o céu e ele ia se clareando, anunciando o dia e trouxe  também alguns urubus. Ave que convive  entre nós e nunca as olhamos com simpatia.
Os urubus tomaram a atenção de  Leonardo, no começo eram um, dois, três, planando com a sua cor negra do destino cruel de comer carniça, realçando sob o céu alaranjado. E em questão de minutos já eram dezenas, planando em circulo sob o parque.
Leonardo se levantou quando os viu, um a um numa maldita sincronia mergulharem em direção ao brinquedo onde o monstro fazia a sua morada.
   - Não é possivel que essas malditas aves, comeram os corpos de meus amigos. Que merda! Meu Deus!
O dia clareo de vez um sol mais intenso e  iludindo  desfazer as trevas do parque. Leonardo desceu da montanha russa e correu para o brinquedo viu a última ave negra descer e entrar por um respiro do brinquedo atravez de um porão, onde o cheiro de carne quente e podre exalava para metros afora.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O devorador do parque. - parte V.

Leonardo correu sobre as coisas, tropeçando, esbarrando. Estava desesperado, e sem a luz do celular para iluminar o desespero aumentava. Todo o maldito lugar parecia maldito e próprio daquela horrenda criatura. E por mais que tatease, buscasse, não havia saída. Tudo estava cercado, propositalmente como a uma armadilha para pegar animais. Aquele brinquedo tinha apenas uma entrada e não tinha saída. A entrada da vitima que seria caçada, morta, devorada.
Derrepente  uma música do Sepultura, tocando num celular. Era Evelin. Não faça isso Evelin, desligue esse celular, quis gritar Leonardo para salvar a amiga. Mas a musica parou, e apenas um grito.
E em seu desespero e horror de toda a situação. Leonardo saiu correndo, valendo a sua vida. Caiu se levantou continuou correndo não podia mais ficar ali, não suportava mais.  Corria, e rapidamente alguns pequenos raios de luzes, entrando por frestas. Depois escuridão, desespero e horror. Correu. Correu.
E passou pela criatura levando Evelin, nos ombros.
Maldito.
O devorador deixou Evelin morta no chão e saiu em busca de sua outra presa. Leonardo. Esse parecia mais apetitoso porque era mais corajoso. Corria para sobreviver. Não podia perde-lo.
Leonardo, correu e em seu desespero encontrou a entrada, correu em desespero parque afora, iria encontrar ajuda salvar os amigos.
Mas parou respirando.  Talvez ninguém acreditasse em suas palavras e poderia até ser incriminado pelas mortes dos amigos. A distancia que estava, ofegante olhou para o brinquedo e viu o devorador na porta do brinquedo esperando-o. A noite escondia o seu rosto, mas não a silhueta de seu horror.
E calmamente o devorador, entrou para dentro do brinquedo novamente com a mais saudável tranquilidade.
Leonardo, jurou destruir aquele parque.